Todos nós conhecemos alguém ou temos um familiar com
problemas de alcoolismo,muitos nem se dão conta ou não aceitam ser alcoolistas
acreditam que podem parar ; mas o assunto é muito sério e sofrido para todos os
envolvidos......
Alcoolismo é a dependência do indivíduo ao álcool,
considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. O uso constante,
descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o
bom funcionamento do organismo, levando a conseqüências irreversíveis.
Estima-se que cerca de 10% das mulheres e 20% dos homens
façam uso abusivo do álcool; 5% das mulheres e 10% dos homens apresentam a
síndrome de dependência do álcool ou alcoolismo. Sabe-se também que o álcool
está relacionado a 50% dos casos de morte em acidentes automobilísticos, 50%
dos homicídios e 25% dos suicídios. Freqüentemente pessoas portadoras de outras
doenças mentais (p. ex., ansiedade, pânico, fobias, depressão) apresentam
também problemas relacionados ao uso de álcool.
Compulsão: uma necessidade forte ou desejo incontrolável de
beber
Dificuldade de controlar o consumo: não conseguir parar de
beber depois de ter começado
Sintomas de abstinência física, como náusea, suor, tremores
e ansiedade, quando se para de beber
Tolerância: necessidade de doses maiores de álcool para
atingir o mesmo efeito obtido com doses anteriormente inferiores ou efeito cada
vez menor com uma mesma dose da substância.
Conseqüências físicas do alcoolismo
O uso excessivo de bebidas alcoólicas pode afetar
praticamente todos os órgãos e sistemas do organismo. O aparelho
gastrintestinal é particularmente atingido. Podem ocorrer gastrites, ulceras,
inflamação do esôfago, pancreatite; as lesões no fígado podem levar à cirrose.
Outros aparelhos atingidos são o cardiocirculatorio (podendo ocorrer pressão
alta, infarto do miocárdio), o sistema nervoso (epilepsia, lesões em nervos
periféricos) e o geniturinário (impotência). Podem ocorrer também doenças devido
a deficiências de vitaminas e alterações no sangue. O uso de álcool por
mulheres grávidas pode levar a malformações no feto com retardo mental,
malformações no coração, membros, crânio e face (síndrome fetal do álcool).
Conseqüências psíquicas do alcoolismo
A embriaguez ou intoxicação aguda pelo álcool é bem
conhecida. A pessoa pode ficar agitada, falante, eufórica, com incoordenação
motora, rubor facial. Por vezes o quadro de embriaguez é acompanhado de um
esquecimento dos fatos ocorridos durante a embriaguez ("blackout").
Algumas pessoas ficam embriagadas com doses muito pequenas de bebidas
alcoólicas - este quadro é denominado intoxicação patológica ou
idiossincrática.
Na síndrome de dependência ocorre o uso exagerado, continuo
de álcool por muito tempo. Há um desejo intenso de beber e necessidade de beber
quantidades cada vez maiores para obter o mesmo efeito (tolerância). As
atividades da pessoa giram em torno da obtenção de bebidas, ocorrem prejuízos
nas demais atividades, como falta ao trabalho, queda do rendimento no trabalho
e convívio familiar.
Tratamento de Alcoolismo
O tratamento do alcoolismo é bastante complexo e depende do
tipo de quadro que o paciente apresenta. Em termos genéricos, o primeiro passo
é evidentemente a conscientização do problema e a interrupção total do uso de
bebidas alcoólicas (abstinência). A chamada "desintoxicação" pode ser
feita em casa ou, em casos mais graves, em hospital, mas sempre sob cuidado
médico.
Nesse período é feita também a avaliação e o tratamento dos danos
físicos e mentais decorrentes do álcool.
Há alguns medicamentos que podem ajudar a manter a
abstinência, os quais devem ser prescritos e seu uso acompanhado pelo médico. O
mais conhecido deles é o dissulfiram. Este medicamento deve ser tomado
diariamente; ele provoca uma reação extremamente desagradável se a pessoa que o
está utilizando ingere mesmo pequenas quantidades de álcool. Com isto cria-se
uma aversão ao uso do álcool. Outros medicamentos, entre eles o naltrexone,
diminuem a vontade de beber e podem contribuir na recuperação.
A psicoterapia desempenha papel fundamental na recuperação.
Procurar buscar com o paciente os motivos que o levam a beber e auxiliar na
resolução dos conflitos permitem a construção de uma personalidade mais madura,
capaz de lidar com as adversidades sem precisar se refugiar na bebida.
Os grupos de auto-ajuda (Alcoólicos Anônimos e outros)
também são muito importantes na recuperação.




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