A cidade que virou lama

     Muito triste a situação que vivem os mineiros hoje , pois passados dez dias do rompimento das barragens Fundão e Santarém no Distrito de Bento Rodrigues em Mariana -Minas Gerais, ainda tem pessoas desaparecidas e amanhã que começará a captação de água no Rio Doce novamente .Tem  o risco de ter rompimento de mais uma barragem a maior delas , isso piora a situação que já é grave.
  Andei lendo um pouco por aqui e por ali  pra tentar entender  e repasso : 




   Mariana é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Foi a primeira vila, cidade e capital do estado de Minas Gerais. Foi no século XVII uma das maiores cidades produtoras de ouro para a coroa Portuguesa. Tornou-se a primeira capital de Minas Gerais por participar de uma disputa onde a Vila que arrecadasse maior quantidade de ouro seria elevada a Cidade sendo a capital da então Capitania de Minas Gerais. População de 58 802 hab. IBGE/2015[3]



    Duas barragens da mineradora Samarco se romperam na cidade de Mariana (MG), na última quinta-feira (5). Nessas barragens havia lama, rejeitos sólidos e água. Esses detritos são resultado da mineração na região.
   Segundo a Prefeitura de Mariana, o distrito de Bento Rodrigues tem cerca de 600 moradores. O rompimento destruiu 158 das 180 casas do vilarejo. O número de desabrigados que foram encaminhados para hotéis chega a 632 pessoas. Até a quinta (12), 8 mortes haviam sido confirmadas e 19 pessoas estavam desaparecidas. Contando outros distritos, a estimativa inicial era de ao menos 2 mil pessoas afetadas.
    Embora ainda não haja um número definitivo, ele é bem maior, já que há outras consequências do desastre ambiental, que também afeta municípios com a fa lta de água e desabastecimento, por exemplo.



     No local onde opera a Samarco, ainda existe a barragem de Germano, a maior entre as três que compunham o sistema de rejeitos. Em razão do risco de rompimento também dessa barragem, as buscas foram replanejadas na quarta (11) por medida de segurança. A Samarco informou que iria realizar intervenções nas “estruturas remanescentes das áreas de barragens”, para proporcionar mais estabilidade e prevenir “problemas futuros”. O Corpo de Bombeiros divulgou a existência de uma trinca nessa barragem.
   
    Segundo o geólogo Luiz Paniago Neves, coordenador de fiscalização de pesquisa mineral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão responsável pela fiscalização de barragens de rejeitos, o rejeito de minério de ferro é classificado como inerte, ou seja, inofensivo. Se ele chegar ao leito de um rio, por exemplo, a água poderá ficar turva, ocorrerá uma sedimentação, mas o consumo da água não terá impacto na saúde. Apesar disso, ainda não houve nenhuma análise específica dos rejeitos despejados pelas barragens rompidas. 

    Em Governador Valadares, uma das cidades banhadas pelo Rio Doce, o diretor geral do serviço autônomo de água e esgoto, Omir Quintino, disse que a água coletada para análise apresentou alto índice de ferro, o que inviabiliza o tratamento, além de grande quantidade de mercúrio, que é muito tóxico. Já a Samarco diz que não havia elementos tóxicos no material.
Segundo a coordenadora do núcleo de emergências do Ibama de Minas Gerais, Ubaldina da Costa Isaac, a lama atingiu umaextensão de 80 km do leito d’água na região. Uma das consequências é o assoreamento, ou seja, o acúmulo de sedimentos na calha do rio, causando impactos socioeconômicos e ambientais.



    Conforme o Ibama, houve alterações nos padrões de qualidade da água (turbidez, sólidos em suspensão e teor de ferro). Um dos impactos é a mortandade de animais, terrestres e aquáticos, por asfixia. Já no Rio Doce, onde chega mais diluída, a morte de peixes ocorre pelo sistema respiratório, complementa o instituto.

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