Consciência Negra - Zumbi dos Palmares

     Vivemos num país onde não deveria haver racismo pois o Brasil é considerado um país com uma enorme miscigenação de etnias e raças, como os indígenas, brancos, negros e orientais, devido a grande mistura de povos que habitaram o Brasil, todos os brasileiros podem ser considerados uma parte de cada etnia e raça  , tanto que no exterior é difícil reconhecer um brasileiro por suas características físicas. 
    Mas infelizmente há racismo! O futebol tem nos mostrado imagens tristes onde torcedores agem com racismo. 
    Como hoje é o dia da Consciência Negra pesquisei um pouco aqui e ali sobre a origem da data .

Como surgiu o Dia da Consciência Negra?
O idealizador do Dia Nacional da Consciência Negra foi o poeta, professor e pesquisador gaúcho Oliveira Ferreira da Silveira (1941-2009). Ele foi um dos fundadores do Grupo Palmares, associação que reunia militantes e pesquisadores da cultura negra brasileira, em Porto Alegre.
O Dia da Consciência Negra foi estabelecido pelo projeto Lei nº 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. No entanto, apenas em 2011 a presidente Dilma Roussef sancionou a Lei 12.519/2011 que cria a data, sem obrigatoriedade de feriado.


História de Zumbi

     Nascido no ano de 1655, livre, já no Quilombo que faz alusão ao seu próprio nome (Palmares), Zumbi (que quer dizer o mesmo que fantasma ou espírito, no idioma africano quimbundo, e na concepção brasileira da palavra, guerreiro) foi um dos, senão o principal, ícone da resistência negra ao trabalho escravo no período do Brasil Colônia. Com aproximadamente 6 anos de idade, Zumbi tinha sido capturado em um dos ataques das tropas da colônia ao quilombo, sendo entregue a um missionário português, que o batizou com o nome 'Francisco' Zumbi, e educou-o com os sacramentos da igreja católica, em português e latim. Aos 15 anos de idade, Zumbi consegue fugir e retornou aos Palmares, substituindo, mais tarde, devido ao seu grande destaque como estrategista e líder, o seu tio então falecido Ganga Zumba.
   Zumbi era muito respeitado por ter sido educado por brancos e ainda assim, não ter abandonado suas raízes. Em sua liderança ou reinado, como os próprios quilombolas lhe atribuíam o título de rei, conduziu o Quilombo dos Palmares ao seu apogeu militar, econômico, territorial e social, liderando os guerreiros em enfrentamentos com surpreendentes estratégias militares e táticas de guerrilha, onde se invadiam e atacavam fazendas de cana-de-açúcar e engenhos para resgatar escravos e assim adquiriam também um incrível poderio bélico, com muitas armas, usurpadas como despojo desses ataques.
    Após muitas tentativas de exterminar com Palmares (um século, a contar da liderança de Ganga Zumba, para ser mais preciso) por parte da capitania de Pernambuco, o governador, ouvindo falar dos feitos, da valentia e da habilidade dos bandeirantes que exploravam a região de São Paulo e o sudeste brasileiro, ele resolveu contratar o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho com suas tropas a organizar uma invasão ao quilombo, quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança dos Palmares. Em uma das investidas, em 06 de fevereiro de 1694, a capital de Palmares foi destruída e Zumbi, apesar de ferido, conseguiu fugir. Porém, refugiado quase dois anos depois, foi traído por Antônio Soares, um de seus aliados que, capturado pelos bandeirantes e sob a promessa de liberdade, revelou o local onde se escondia Zumbi. Esse, por sua vez, foi surpreendido e morto pelo capitão Furtado de Mendonça na Serra dos irmãos, região de Alagoas.

   O herói foi decapitado e teve, por ordem do governador, em 20 de novembro de 1695, sua cabeça exposta na capital, Recife, como uma prova de que a suposta imortalidade de Zumbi não passara de uma lenda e de que Palmares, enfim tinha sido derrotado.

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